Ao doce alento que rasga-me o peito de amor,
Reverencio a majestade que em seu vício encerra.
Entre a razão e a loucura atesto meu valor
Deixo que abrande em meu ser a besta fera.

A voracidade que em min'alma excitada engedra,
Eclode da vivacidade de tuas faces o rubor;
Da beleza altiva que das suas entranhas impera
Doce suspirar de verdades em flor.

Doce e agradável é estar nos deleites do teu calor
Caminho suave da paixão em primavera,
Valha-me o destino que não tire de mim seu sabor.

A sua voz em meus ouvidos é uma doce seresta,
Onde os cantos sigilosos revela do seu fogo o fervor
De um buscar interminável que nossos corpos embeleza.


Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 13/02/2010
Reeditado em 28/04/2010
Código do texto: T2085527
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