Canção de Mim
-I-
Resiste um não-sei-quê em mim,
Embora o tempo tenha passado,
Que rega as mágoas do meu jardim,
Que intensifica meu céu nublado.
Um canto triste de poucas notas,
Que nessa vida de longa escala
Fica mais grave por trás das portas
E é tão agudo quando a voz cala!
Resiste e esteve sempre comigo
Um quase-luto no coração...
Não se consola em ombro amigo,
Não se consome em desolação.
Um nó na garganta, um segredo,
Que nem a mim se revelou.
Uma vontade, um instinto, um medo...
Um não-sei-quê que me faz quem sou...
-II-
De onde esse mistério no que sinto?
De quando essa lembrança de algo lindo?
Por que essa saudade de outro mundo?
E como em meu ser raso o mar profundo?
-III-
Eu vivo entre a alegria e a tristeza.
Alegre, na fraqueza acompanhada.
Triste, se estou só na fortaleza
De quando ergo muros e ando armada...
Rio/Abril/2005
-I-
Resiste um não-sei-quê em mim,
Embora o tempo tenha passado,
Que rega as mágoas do meu jardim,
Que intensifica meu céu nublado.
Um canto triste de poucas notas,
Que nessa vida de longa escala
Fica mais grave por trás das portas
E é tão agudo quando a voz cala!
Resiste e esteve sempre comigo
Um quase-luto no coração...
Não se consola em ombro amigo,
Não se consome em desolação.
Um nó na garganta, um segredo,
Que nem a mim se revelou.
Uma vontade, um instinto, um medo...
Um não-sei-quê que me faz quem sou...
-II-
De onde esse mistério no que sinto?
De quando essa lembrança de algo lindo?
Por que essa saudade de outro mundo?
E como em meu ser raso o mar profundo?
-III-
Eu vivo entre a alegria e a tristeza.
Alegre, na fraqueza acompanhada.
Triste, se estou só na fortaleza
De quando ergo muros e ando armada...
Rio/Abril/2005