NATUREZA MORTA II
De cera e esmalte, as pêras, maçãs,
Repousam sobre a mesa.
De verdade, num olhar de canto
A imaginação flutua, viaja faminta.
De cera, o coração descansa,
Como as frutas que flutuam
Meus olhos não se enganam...
Sobre a mesa as pêras, maçãs
encantam mais que o coração
Minha fome me exige, e eu,
Ignoro a arte bendita...exclamo:
Maldita natureza morta.
Maldito coração de cera.
Haja frutas sobre a mesa.