A MANSÃO DOS VERSOS

Não sinto as dores

Da Poesia me corroendo os ossos d’alma

Não lhe sinto a insídia

O domínio

A anulação que me imprime

Assim como se fosse um mar de ouro

A me confundir

Nada sinto

O veneno da poesia já está

Arroxeando as minhas extremidades

Há nisto um prazer mórbido

Sórdido

Ser poeta é caminhar voluntariamente

Em direção ao nada

Não há fé

Não há alvorada

Avisto a pira iluminando a mansão dos versos

E dentro de um poço

O deus dos poemas

Em estranhas águas

Imerso

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Distinto colega, FELIPE F. FALCÃO, é alegria para mim a sua interação:

Em noite de lua cheia

a inspiração impera

são versos de amor

paixões mal resolvidas

todas essas minúcias da vida...

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MAIS RICA AINDA ESTÁ A ESCRIVANINHA COM A PARTICIPAÇÃO DE MINHA AMIGA, A BELA E LÍRICA, DILCE TOLEDO:

Nesta mansão gigante

tem emoção sentida,

Tem poeta falante

Tem magia vivida/

Vagueando no mar de ouro

Confunde, senso do existir

Transforma em tesouro?

Poesia que faz sentir.

A caminhada desta poeta

Segue caminhos incertos

Sem esperança, mas alerta

Avista a mansão dos versos

E o Deus do Poema em águas imerso.