Que nervoso!
Dá nervoso,
Ver tanto desperdício.
Que mal há em fechar a torneira,
Enquanto lava o carro.
O concreto não precisa ser molhado.
Será que a mão vai cair?
Será que vai se cansar no movimento de trancar?
Ou será que é só preguiça mesmo?
Que nervoso me arruína,
Quando vejo a abundância de água correr.
Não associo um litro a nada.
Um copo mata a sede de uma pessoa.
E traz alivio para o corpo, nem que seja por um dia.
Mas é assim, senão tenho como ajudar,
Um Severino do Sertão,
Um coitado do Haiti,
E outros pequenos do mundo,
Pra que me importarei com este balde de água?
Esse deve ser o pensamento,
Se é que raciocina.
Agora vamos reservar o próximo,
E pensar individual,
O que farei quando o bem ‘renovável’ e essencial acabar?