Que nervoso!

Dá nervoso,

Ver tanto desperdício.

Que mal há em fechar a torneira,

Enquanto lava o carro.

O concreto não precisa ser molhado.

Será que a mão vai cair?

Será que vai se cansar no movimento de trancar?

Ou será que é só preguiça mesmo?

Que nervoso me arruína,

Quando vejo a abundância de água correr.

Não associo um litro a nada.

Um copo mata a sede de uma pessoa.

E traz alivio para o corpo, nem que seja por um dia.

Mas é assim, senão tenho como ajudar,

Um Severino do Sertão,

Um coitado do Haiti,

E outros pequenos do mundo,

Pra que me importarei com este balde de água?

Esse deve ser o pensamento,

Se é que raciocina.

Agora vamos reservar o próximo,

E pensar individual,

O que farei quando o bem ‘renovável’ e essencial acabar?

Veronica Ribeiro
Enviado por Veronica Ribeiro em 10/02/2010
Reeditado em 10/02/2010
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