SAUDADE BANDIDA

De saudade sofro,

De saudade choro,

Da saudade vivo,

À saudade imploro

Um pouco de compaixão

Ao meu pobre coração

Cuja dor não ignoro,

Pois a perversa maltrata,

Sem dó nem piedade,

O meu cansado peito

Com requintes de crueldade.

E sem poder reclamar

Desse mal a me torturar,

Sobrevivo à saudade.

Sobrevivo ainda

Aos seus efeitos

Cruéis e devastadores

Que trazem ao meu peito

Os alaridos da solidão

Que fazem do meu coração

Um infeliz sujeito.

E assim vou vivendo

Cada estação da vida

Que oscila no tempo:

Ora alegre, ora sofrida...

E nesse vai-e-vem

Sofro como ninguém.

Eita saudade bandida!

Joésio Menezes
Enviado por Joésio Menezes em 10/02/2010
Código do texto: T2079214
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