RECONHECENDO A INSANIDADE
Reconheço a insanidade de ser poeta
Das letras, dos versos e das estrofes atleta
Correndo, nadando, pedalando
Contra a corrente
A poeta na disparada
A poesia na frente
Reconheço em mim a loucura
A descompostura
De fazer versos descaradamente
Insanidade máxima
Para a qual não há segurança
O verso faz bico doce
A estrofe não se alcança
E aquela agonia no juízo
E o coração feito uma bomba
O corpo uma tormenta
Ai, tanto desespero
Todos querem
Exigem
Poemas feitos com esmero
Pra tal enfermidade não há cura
A poesia não dá sossego e
Nem é boa enquanto dura