O NOVO HOMEM

Até que se esgote a útima palavra poética

até que se esvaia a última possibilidade de rima

antes que a natureza seja irmã da cosmética

ou que se decida se o raio vem de baixo ou de cima.

O meu coração irá compor desde o nascimento da alva

vou falar das coisas de um universo romântico

de todo o complexo da paixão e dos mistérios da alma

vou encher de poesias como de água é o oceano atlântico.

Sua arrogância não irá apagar as chamas e o calor,

nem sua frieza irá desanimar meu coração caliente.

Hoje, eu amei você, mas você perdeu e não deu valor.

Amanhã posso amar outra que poderá ser mais decente.

Você não percebeu que chegou ao fim

não deu conta que cortar a corda nos separaria

e que isso afastaria eu de você e você de mim

que o seu ódio infundado me esfriaria.

Meu coração me pergunta: Que mal você fez ela?

E minha dor me responde: Nada tem feito até agora.

Mas você não deu conta que me perdeu numa viela

entristecendo a lua e a noite, é a madrugada que chora.

Meus olhos não colaram e viram a luz do dia

vi nascer a alva e cantar os passaros da cidade

senti uma mistura de dor e sinfonia

é meu coração já sentindo saudade.

Mas a saudade tem seu lugar no final

ela vem e vai quando tudo for esquecido

o meu amor foi arrancado de mim como a raiz do mal

como o ouro e o barro que não pode ser fundido.

Fulguram o amor e a paixão

choram as teclas do meu pc furtivamente

é outro homem nascendo em sua formação

é o novo ser que se levanta lentamente.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 09/02/2010
Reeditado em 09/02/2010
Código do texto: T2077420
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