O NOVO HOMEM
Até que se esgote a útima palavra poética
até que se esvaia a última possibilidade de rima
antes que a natureza seja irmã da cosmética
ou que se decida se o raio vem de baixo ou de cima.
O meu coração irá compor desde o nascimento da alva
vou falar das coisas de um universo romântico
de todo o complexo da paixão e dos mistérios da alma
vou encher de poesias como de água é o oceano atlântico.
Sua arrogância não irá apagar as chamas e o calor,
nem sua frieza irá desanimar meu coração caliente.
Hoje, eu amei você, mas você perdeu e não deu valor.
Amanhã posso amar outra que poderá ser mais decente.
Você não percebeu que chegou ao fim
não deu conta que cortar a corda nos separaria
e que isso afastaria eu de você e você de mim
que o seu ódio infundado me esfriaria.
Meu coração me pergunta: Que mal você fez ela?
E minha dor me responde: Nada tem feito até agora.
Mas você não deu conta que me perdeu numa viela
entristecendo a lua e a noite, é a madrugada que chora.
Meus olhos não colaram e viram a luz do dia
vi nascer a alva e cantar os passaros da cidade
senti uma mistura de dor e sinfonia
é meu coração já sentindo saudade.
Mas a saudade tem seu lugar no final
ela vem e vai quando tudo for esquecido
o meu amor foi arrancado de mim como a raiz do mal
como o ouro e o barro que não pode ser fundido.
Fulguram o amor e a paixão
choram as teclas do meu pc furtivamente
é outro homem nascendo em sua formação
é o novo ser que se levanta lentamente.
(YEHORAM)