FORÇA ESTRANHA
Levo nos pés a incerteza
A brisa as vezez cria um desatino
No coração paira uma tristeza
Grande impulso do destino
Sou navegante sem rumo
Levo nos lábios a mendicância
O vento tira o meu prumo
Há nas mãos, o vazio da ausência
Sou voejante, sem esperança
De alcançar falsa liberdade
Ainda sou como criança
Acredita na felicidade
Infelicidade é desafio
Que me acorda da inércia.
Abre em silencio
Chora os olhos da inocência
Feridas abertas a fenecer
Arde cicatriz no âmago
Da criança a envelhecer
Perante o fruto amargo
Arrebatado no tempo perdido
Sem florescer no fim do verão
Andando em saltos reprimidos
Nunca mais a paixão...
ANGELUAR
JAN/2010
poetasdelmundo