FORÇA ESTRANHA

Levo nos pés a incerteza

A brisa as vezez cria um desatino

No coração paira uma tristeza

Grande impulso do destino

Sou navegante sem rumo

Levo nos lábios a mendicância

O vento tira o meu prumo

Há nas mãos, o vazio da ausência

Sou voejante, sem esperança

De alcançar falsa liberdade

Ainda sou como criança

Acredita na felicidade

Infelicidade é desafio

Que me acorda da inércia.

Abre em silencio

Chora os olhos da inocência

Feridas abertas a fenecer

Arde cicatriz no âmago

Da criança a envelhecer

Perante o fruto amargo

Arrebatado no tempo perdido

Sem florescer no fim do verão

Andando em saltos reprimidos

Nunca mais a paixão...

ANGELUAR

JAN/2010

poetasdelmundo

Angeluar
Enviado por Angeluar em 08/02/2010
Reeditado em 10/03/2010
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