Viagem silenciosa
"...Continuaram a viagem em silêncio... porque o princípio e o fim podem até estar nas extremidades da mesma corda, mas nem por isso serão contrários..."(WILSON COÊLHO )
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Também velejo em silêncio
porque a face da incerteza modifica a alma
dos que se lançam na aventura sem volta
no vôo dos argonautas do coração...
Veleiros em ruínas!
Fluidos de espiritos enganados,
Triste sina dos que se perdem
sem o prumo de estrelas empoleiradas
nos galhos da razão;
Terras firmes em confinas!
Medo atávico, silêncio assombroso...
mar de eflúvio enganoso
que me acompanha calado
junto aos meus remos de solidão...
Viagens no silêncio da minha ilusão!