A TRISTEZA DOS PRESENTES
As lápides estavam cerradas à beira do túmulo;
os mortos naquele instante não haviam chegado;
os mosquitos rondavam, como que, raspassem o cúmulo
da tristeza dos presentes e do pranto jogado.
Quando parecia tudo fadado a acontecer
veio o conto do coveiro com negação e espanto.
O tempo corria tonto, bramindo o anoitecer,
escondendo o velo franco, enfadado desencontro.
Ao romper o temporal a catacumba afundou,
nenhum sopro imortal, se livrou do lamaçal...
a tristeza dos presentes apressada eximiu-se
Os mortos naquele dia aumiscavam sem candor;
a culpa da tal demora foi somada ao temporal,
a tristeza dos presentes na lama imiscui-se!