ARTEIRA

Com meu estúdio arrombado

Abandonei a Pintura

Meu tempo está dedicado

A tecer Literatura.

Desde criança escrevo

Não falta imaginação

Mas agora é que me atrevo

A fazer publicação.

Em minha chance primeira

De algum trabalho exibir

‘Poesia passageira’

Foi a primeira a surgir.

Perdido está o manuscrito

Do PC foi apagado

Mas o tenho aqui escrito

De memória, resgatado:

Poeta eu sei que não sou

Sim uma simples arteira

Brincar em versos estou

Pois a arte é brincadeira.

Abstrata é minha arte

Não faço figuração

Deixando as tintas à parte

Desenho versos no chão.