QUADRO DEVASTADOR
Que apreço dizes ter, se nem podes desfazer
o clã que desbota a dor e outra tez faz corar!
Fingir é sempre o afã de nada poder trazer
remando em águas revoltas em outro desarvorar.
Constantemente reprimes resignado querer,
desafiando comprimes convergente torpor...
ao reaparecer dolente, algemado pra morrer
e no canto da coruja um arrepio de pavor!
A escuridão recrudesce no latido dos cães;
na madrugada que aquece o lobisomem na noite,
sem contar com o esquadrão, debalde, em vão, matador.
A impunidade acolhe oligarquias vilãs,
o apreço não tem vez, e desce o véu em açoite,
na frigidez decompõe o quadro devastador!