Como o Vento

Não sou como aquelas pessoas,

Calmas, constantes, sem vontades, sem sentimento.

Sou agitado, volátil, cheio de desejos,

Sou forte, sou como o vento!

Outrora eu era brisa,

Que acarinhava as faces de namorados

Em noites de amor tão ternas.

Hoje sou tempestade,

Que afoga no oceano as esperanças

E traz incertezas eternas!

Tenho sim, saudades do que já fui e do que fazia,

Mas a vida ensinou-me

Que não era possível ter tudo aquilo que eu queria.

Então eu viajo com o vento,

Mais alto do que os pássaros que migram para o verão,

Procurando alguém, um lugar

Onde eu possa colocar os meus pés no chão...

Diogo Gomes de Andrade