MESMO ASSIM TE AMO
Sentei-me na assoleira do alpendre
E peguei a minha viola xonada
Cada acorde que eu fazia
Na imaginação o seu rosto via
Você sorrindo e bem humorada.
O canarinho cantador
Saía lá da sua floresta
Vinha ali me acompanhar
Eu tocava e ele a cantar
Assim juntos fzíamos a festa.
Ele parecia compreender meu sofrimento
E tentava me acalmar com sua sabedoria
Tudo o que eu sentia por aquela malvada
Não deixava que a minha lágrima fosse derramada
Me ver feliz era o que ele mais queria.
Daquela dor por amar alguém
Só meu coração que não quer esquecer
O canário e minha viola
Faz de um jeito que me consola
Tentando um jeito para eu não sofrer.
Mesmo assim a amo muito
Até se confunde com tanta imaginação
Mesmo tentando disfarçar
O amor dela ainda quero ganhar
E ser a deusa do meu coração.