SONO
Sinto
O sono me devora
Antes eu a ele devorei
Muito mais que a mim
Ele agora.
Minto
O sono me apavora
Antes eu a ele apavorei
Muito mais que a mim
Ele agora.
Cinto
Não segura e nem prende
O meu sono agora
Antes ele a mim
Que eu a ele
Lá fora.
Cinto, minto, sinto
O sono me abater, impiedoso
Qual algoz
Tal avós
Mal a voz
Me sai por entre os dentes
O sono me pegou: tinhoso.
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Morrendo de sono num 25-03-1999, de Salvador.