poema antigo dentro das 'Flores do Mal'
Amor, que não conheces o mundo,
Com seus jardins e labirintos...
Suas passagens ébrias de vinho,
E seus sonhos vãos de glória e de esperança...
Este poema é, para ti, rosa e oferenda,
Fruto dos dias meus nobres e cansados,
Em que lutei por um futuro idealizado
E apaixonado te vesti de estrelas, sedas.
Te trouxe do Oriente mil tesouros,
Lótus que nunca envelheceram-
(Pelo menos para mim isto ocorreu)
Desconfiada és, de mim, e nisso és bela.
Enquanto te perdes por ruas obscuras
E repletas de cruéis fantasmas, Amor...
Sei que não te lembrarás de mim,
Deste poeta que ruma para a inocência do Vazio.