poema antigo dentro das 'Flores do Mal'

Amor, que não conheces o mundo,

Com seus jardins e labirintos...

Suas passagens ébrias de vinho,

E seus sonhos vãos de glória e de esperança...

Este poema é, para ti, rosa e oferenda,

Fruto dos dias meus nobres e cansados,

Em que lutei por um futuro idealizado

E apaixonado te vesti de estrelas, sedas.

Te trouxe do Oriente mil tesouros,

Lótus que nunca envelheceram-

(Pelo menos para mim isto ocorreu)

Desconfiada és, de mim, e nisso és bela.

Enquanto te perdes por ruas obscuras

E repletas de cruéis fantasmas, Amor...

Sei que não te lembrarás de mim,

Deste poeta que ruma para a inocência do Vazio.

Filicio Albara
Enviado por Filicio Albara em 06/02/2010
Código do texto: T2072472
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