Alem do obvio ululante que pulula nas mentes humanas

Sonhos, a pura visualização do ainda insondável

As margens do puro e simples desejo

Surgem inalcançáveis, como os horizontes que não vejo.

Tal qual pássaros, os vejo ao longe, que de mim

Um pouco levam, meu olhar ao horizonte

Lhes acompanha o vôo esperto

E ainda assim sinto com força, lugares distantes de mim mais perto.

Morte, a derradeira visualização do imutável

Indesejada companheira, leve, voraz, cruel, bondosa

Sua sombra nos acompanha a vida inteira

Quão de mim te quero longe

E ainda assim tão perto estas

Quando a tua sombra chama

Que alma então resistira?

Esperança, leve brisa

Que acalenta os que aqui ficam

Traz consigo azuis imagens

Que os sentimentos modificam

Quão mudada nos encontra

Ao retornar depois de anos

Já não sei se lhe recebo

Ou se de ti me afasto em pranto...

“E de pensar nisso tudo. Eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir.”