SEPULTANDO UM AMOR


Brisa leve das paixões
inertes desejos me dominam
expressam em si as sensações
atos que regem e destinam

Embriago-me de amor
nas vertentes que exploram o meu ser
Revisto a dor, máscaro o horror
Por não saber quem sou, me vou.

Doses de veneno me entorpecem
liquido amargo de teus lábios
que ingenuamente destilo
entre língua, tato e olfato

Sou refém deste nostálgico
prisioneira deste sacrilégio
permaneço emparedada em seu concreto
alicerce de seu desafeto

Fui um oceano a navegar
Hoje sou lágrima a derramar
Já fui pássaro a voar
Hoje sou palha a incendiar

Neste instante decidi
resolvi te abandonar
Este amor no peito guardado
foi agora sepultado
Sacramentado, relego-te ao passado
no qual nunca mais serás lembrado.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 05/02/2010
Código do texto: T2070831
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