Procurados


Embalei meus sonhos em papel de presente
Numa caixa amarela e um laço dourado.
Repousam quietos na dormencia da mente
Esquecidos de mim e jamais perturbados.


Criam teias de aranha os sonhos não usados
Acabam embolorados em velhas prateleiras.
Num repente abro a caixa,os nós desatados
Procurando limpá-los da imensa poeira.


Os sonhos escapuliram todos em liberdade
Criaram asas que nem pensei existissem
Desertaram e se foram mundo à fora.


Eu os esqueci e encaixotei é bem verdade
E nada mais justo que sumissem
Vou trazê-los de volta e vai ser agora!


-Helena Frontini-