VENTO CRUEL
Vento que passas bramindo,
na fúria que tu contens,
Vais a tudo destruindo,
Tal a força que detens.
nessa tua força estranha,
Tudo arrastas sem peiedade;
Que destruição tamanha,
Tu fazes pela cidade.
É tão grande o teu ruido
Poder cruel e profundo
Leva com teu gemido
As dores de todo o mundo.
A juventude e a aurora,
Como num sopro, passou;
Meus belos sonhos de outrora
Tabém o vento levou
Minha vida, como o vento,
Tudo de bom carregou;
Esta dor dentro do peito,
Isto, o vento me deixou.