Injustiça
Injustiça
É a coisa que banhada em uma
Mentira falseada
Falseia a verdade
E faz o erro parecer acerto
É a coisa que comunga
Com a dor e que mesmo assim
Permanece em existência
As vezes nem sendo apontada
medida ou punida
Sabe...
É aquela coisa que faz
Do erro um herói popular
Mascarado por uma maquiagem pérfida e bem feita
De forma que a verdade nem sempre consegue desmascarar
Ou se consegue nada pode mostrar naquele momento
Também pode ser vista
como a coisa que quando machuca
libera um verme conversor
no justo injustiçado
para que seja o próximo malfeitor
sedento da vingança e de um agir que parece dar certo
e parece ser o mais perto do sucesso
Mas no fim das contas
Injustiça não é nada mais que a mão humana
Sem direção da razão divina
Talvez seja um riso sarcástico
Desamarrado e com coleira aberta
Por alguém que tem fome pela dor de outrem
Porem que tenta deixá-la manifesta
E efetuada pela mão de alguém que não devia...
Mas faz por seu gozo flutuante de sedes descabidas e desmedidas
É...
Injustiça é aquilo que machuca e mata
Só que em vida não é jamais 100% convertida em seu antônimo
No mais das vezes nem mesmo 1%...
Antes...
Na morte é amordaçada,
Pois o humano já deteriorado e parado não mais
Anda,
Mexe,
Ou reage
E a razão que desde sempre é ausente no corpo infame
Lhe falta para que se suba
Restando, ao ser, assim
Uma queda rápida e infinda
E uma dor imortal e lenta
De mesma proporção ou excedente
Ao mal tão causado pelo ser
Aí que por fim o injusto clama:
Cadê a MINHA justiça?
Ass: Danielle Rodrigues Guimarães