Injustiça

Injustiça

É a coisa que banhada em uma

Mentira falseada

Falseia a verdade

E faz o erro parecer acerto

É a coisa que comunga

Com a dor e que mesmo assim

Permanece em existência

As vezes nem sendo apontada

medida ou punida

Sabe...

É aquela coisa que faz

Do erro um herói popular

Mascarado por uma maquiagem pérfida e bem feita

De forma que a verdade nem sempre consegue desmascarar

Ou se consegue nada pode mostrar naquele momento

Também pode ser vista

como a coisa que quando machuca

libera um verme conversor

no justo injustiçado

para que seja o próximo malfeitor

sedento da vingança e de um agir que parece dar certo

e parece ser o mais perto do sucesso

Mas no fim das contas

Injustiça não é nada mais que a mão humana

Sem direção da razão divina

Talvez seja um riso sarcástico

Desamarrado e com coleira aberta

Por alguém que tem fome pela dor de outrem

Porem que tenta deixá-la manifesta

E efetuada pela mão de alguém que não devia...

Mas faz por seu gozo flutuante de sedes descabidas e desmedidas

É...

Injustiça é aquilo que machuca e mata

Só que em vida não é jamais 100% convertida em seu antônimo

No mais das vezes nem mesmo 1%...

Antes...

Na morte é amordaçada,

Pois o humano já deteriorado e parado não mais

Anda,

Mexe,

Ou reage

E a razão que desde sempre é ausente no corpo infame

Lhe falta para que se suba

Restando, ao ser, assim

Uma queda rápida e infinda

E uma dor imortal e lenta

De mesma proporção ou excedente

Ao mal tão causado pelo ser

Aí que por fim o injusto clama:

Cadê a MINHA justiça?

Ass: Danielle Rodrigues Guimarães

Danielle Rodrigues Guimarães
Enviado por Danielle Rodrigues Guimarães em 04/02/2010
Reeditado em 04/02/2010
Código do texto: T2069520
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