Desencanto

De tanto sismas à noite

Agora só durmo dedia

A claridade não me pertence

Poi que a luz da civilização

Ofusca minha visão

Enquanto a tal globalização

Só aumenta a escravidão

Navegar é preciso

Já dizia o poeta

Só não disse a direção

Uma vez que o coração

Norteasse a razão

E iludida em vão

Segue essa nobre nação

Meu herói é o vilão

Que roubou essa nação

E na falta do mocinho

Reinou a impunição

Pois os tempos são outros

E outros também são

Os donos da razão

Que governam este chão

De passagem
Enviado por De passagem em 04/02/2010
Reeditado em 09/02/2010
Código do texto: T2069480
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