Desencanto
De tanto sismas à noite
Agora só durmo dedia
A claridade não me pertence
Poi que a luz da civilização
Ofusca minha visão
Enquanto a tal globalização
Só aumenta a escravidão
Navegar é preciso
Já dizia o poeta
Só não disse a direção
Uma vez que o coração
Norteasse a razão
E iludida em vão
Segue essa nobre nação
Meu herói é o vilão
Que roubou essa nação
E na falta do mocinho
Reinou a impunição
Pois os tempos são outros
E outros também são
Os donos da razão
Que governam este chão