A Casa Imperial
Cadeiras de ossos, iguais aos talheres,
Pratos são crânios, comida... carne humana.
Em minha taça, o vinho é sangue
Que desce suave por minhas entranhas,
Fazendo me sentir vivo novamente.
Ao corpo frio e vazio que anda
Eis o aviso ' o jantar está servido'.
Os olhos opacos dislumbram a mesa posta.
A boca seca para comer
E saciar a fome de morte.
O ódio se apossara do coração morto,
O sangue dá a sensação de calor
Falsa ilusão de pele quente.
A morte em mim está
E vai comigo onde quer que eu vá.
O pensamento de vingança não sai da cabeça,
O sabor de derramar sangue é inigualável.
Sou o anjo da morte!
Tome cuidado comigo,
Pois estou novamente buscando a quem tragar.
Em minha sala, meu mais precioso objeto,
Presente do Anjo Negro pessoalmente.
Dele sai os arcordes infernais,
Amaldiçoando todo aquele que cruzar meu caminho.
Como as teclas deste piano, não há outras iguais.
Minhas flores são as mais lindas,
E a você dedico um especial presente.
Minhas rosas negras lhe farão companhia,
Agora e por toda vida.
E ao olhar para elas, de mim você vai lembrar.
(Por Charisthy)