O pássaro e a Rosa.

Ao Mar a dor lançou

as últimas pétalas

do meu doce amor.

Abriu-se as asas do tempo,

e o belo pássaro vôou

lançando na imensidão,

um vôo bonito.

Eis que os olhos do tempo,

Lançaram-se ao infinito,

buscando o amor perdido,

um último puro orvalho.

Deitado aos pés de um carvalho,

a sombra do ausente,

prospera eternamente,

e o sol da manhã fria

congela a dor

do pássaro belo

de asas douradas

que debaixo da alvorada

derrama seus últimos prantos,

em seu leito,

um último canto,á rosa

sua dor exposta

seu múrmurio solitário,

Eis um belo debrussado,

sobre o túmulo de sua amado.

Rosa pálida,despetalada.

Deitada sobre a rocha úmida da floresta,

sobre a sombra,

uma brecha

que a luz rasga

para tocá-la a face

e o canto melancólico

do nobre pássaro

que se deleita

sobre os ausentes braços

de sua rosa.