DOIS CORPOS UNOS
Um frio veemente
chuviscos vertem pela janela
inebriante confundível aos passos dela.
Toque suave de porta
retumba o meu íntimo
abro ao cheiro suave do incenso
sabatinando o meu eu
neste amor imenso.
Sou enlaçado no tremor.
Lábios seus
dormitam sobre os meus
frenéticos arrepios à palpitar.
Cútis em erupção
sofreguidão ao seu arfar
nosso amar.
Sinos ecoam
corpos nus, unos
espocar de emoções
sem culpas ou perdão.
Esvaecemos no tempo
sucumbimos em prazeres
de formas e vezes
sublimados nos desejos
é o fecundar
de dois corpos unos.