RASGANDO O VENTO
Viaja sem destino
Sem encontros, despedidas
Deixa no caminho o sabor de cada lugar
Leva consigo o desejo de degustar...
Quimeras... paisagens tão verdadeiras
Olha com o meu olhar, guarda e aguarda...
A chegada, nova partida
Inebria-se do ar que renova...
Inspira a estrada que baila
Transcende na curva que embala
Permanece imune à morte
Se chega abraça à sorte...
Em cada canto um canto
Um nobre encanto que lhe abraça
O vento ligeiro acolhe
A brisa sonata da lua recolhe...
Rasga, enrosca, liberta
A motocicleta ligeira
A estrada altaneira, incerta...
Essa vida sorrateira...
Julia Rocha 02/02/2010