O ENTREGADOR DE PÃES

A mão que semeia o trigo

É a mesma que arranca o joio;

A mão que distribui o pão

É a mesma que recebe a educação.

Onde se ganha o pão cotidiano

Não se come a carne alheia.

No altar o pão vira carne,

No cálice, o vinho sangue tinto.

Não se preocupe com o pão.

Não se preocupe com o trabalho.

Logo que chegar a fonte e sua água fresca

Chegará a árvore frondosa e sua sombra.

Pagarão então, com pouco suor,

A conta do mercado vencida.

O dinheiro pouco do trabalho

Das pequenas mãos entregadoras de pão

Ajudará, como uma alavanca e seu apoio

Longe do mundo, a mover o mundo.

E um dia lhe serão dados,

Para deleite da mente e das confissões,

Pinga boa,

Fumo forte,

Mulher bonita.

É o que diz a língua do povo;

A língua do povo

É a língua de Deus.