Poética
A Poesia caminha pela rua
destraida, desejeitada,
carregando pelas mãos qualquer coisa
Como um punhadinho de esperança
Ou fogo... que queima e renova;
A Poesia toma o metrô e desce
Do norte... Ao sul... E Para
No parador de todas as tardes;
Saindo pela direita e pela esquerda.
Com seu corpo largo abrasador
Cobriu toda a cidade, e a desmoronou
Desnorterada, a cidade se desintegra,
As pessoa correm desesperadas, e a
Poesia... Sorri com seus olhos cálidos
Que são como estrelas distantes... Chamas.
A Poesia transbordou as pessoas:
Os empresários se encontram em pânico
Oh, virus incurável da natureza humana.
Criação inconcebida de forma verdadera!
Somente os olhos cegos a vêem... Inaudita:
E ainda assim não ousam gritar seu nome.