Oh vida! Oh morte!

Oh vida! Oh morte!

Por que me tomas assim?

Quem és, oh incompreensível alvoroço?

Viestes das mais profundas inquietações.

E para que?

Me deixas louca.

Me deixas ansiosa.

Me deixas esperançosa.

Mas não me dizes o por quê e nem pra quê?

Será que viestes me testar?

Ou apenas me comprovar que devo seguir rumo a esse Norte?

Fugi pro Sul e te encontrei lá.

Então voltei em busca de teu rastro,

Mas não compreendo por que te chamo, e não apareces?

Será que me esquecesses?

Oh martírio! Oh vida minha!

Por que pareço sem rumo?

Será que encontrei o cãs de porto para atracar meu cansado coração?

Será que és tu, oh alvoroço?

Dá-me uma luz!

Lídice França
Enviado por Lídice França em 31/01/2010
Código do texto: T2061732
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