SUBMISSÃO INESPERADA
Sinto medo, solidão, repugnância.
Há expectros lá fora,
eles mais uma vez venceram.
E a sorte foi lançada
num futuro cheio de incertezas e opulências,
onde só os fortes sobrevivem.
Sinto-me estranha e perdida
neste mundo e gigantes e desonestos.
Lá fora o homem destila sangue sobre o asfalto.
Como será o futuro?
Ganância, ódio e raiva?
Segregação da ignorância e da falta de justiça e igualdade?
Se assim o for,
perdoem-me pessoas de bem...
Prefiro viajar até as estrelas...
Rio Negro/PR 15/01/1991