ALMA VADIA


Vais pelas esquinas sombrias
entre vielas e ruas vazias
Uma alma vadia
Se perdes em paixões frias
em destruídos sonhos e quimeras de alegrias
Segues em luzes vermelhas de motel
de mão em mão como troféu

E as noites passam depressa
entre prazeres e promessas
sem palavras concretas
somente ilusões secretas

Vais sem rumo
de encontro as incertezas
rasgando o véu da pureza
abortando as poucas riquezas

Vais perambulando pelo mundo
vivendo seus vãs segundos
as hipocrisias da vida

Alma vadia, coberta de feridas
bebes a emoção de suas vítimas
em doses extremas de agonias
Na esperança quem sabe
de liberta-se das ironias

Ronda pela cidade
nas estradas da sua mocidade
hoje tão esvaida
Segue suas trilhas, a procura da saída
Para que possas sentir novamente
o sangue pulsar, o coração bater
e o amor finalmente renascer
Pra deixar de ser
uma alma vadia...


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 30/01/2010
Código do texto: T2060281
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