Morre não, velha mãe!

Os dias hoje cravam sua imagem

De baitas cicatrizes.

E em cada verso cansura,

O universo de Adorama

Parece mais um berro sangrento;

Sempre escarafunchado pelos

atalhos e pinguelas

Do seu cotidiano tão caipira

(já se faz difícil beber a tragédia do seu morrê à míngua)

As margens do pensamento perdem-se

Feito as nuvens arcoirizadas,

Que o céu dispenca

Pra mode embalar sua infantil velhice.

Aliás, é por isso que

Adorama ainda é uma fotografia

Quase sépia de um tempo

Infinitamente verão