QUO VADIS?

Lá na frente um ser estranho, diferente,
a espreita, rondando, rondando,
matutando, matutando,
não se conformando,
meditando em qual encruzilhada
em qual cilada se apresentará,
observando em qual passada o passo se perderá,
será larga ou apertada?
Agora ou depois?
E novamente o caminho se afunila
destoa,
aí me pego falando a toa;
Pronto! Ilha novamente,
palavras ao vento
mas afinal é como sempre,
brisa virando tormento,
revirando solenemente,
e eu também como sempre,
sendo uma rota alternativa,
figurativa, cansativa,
por onde passa náufragos a esmo,
será sempre assim?
acaso serei a encruzilhada de mim mesmo?
Cruzam-se dentro de mim,
Porém não ficam em mim, ou por mim ...


Andrade Jorge
jul/2006
ANDRADE JORGE
Enviado por ANDRADE JORGE em 31/07/2006
Reeditado em 20/02/2020
Código do texto: T205966
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