IPANEMA

Ipanema entardecendo

Riscos de amor insuspeito

Clarezas da dor.

O cotidiano acontecendo:

Às vezes, aos prantos!

Ipanema cinza,

O sol não abriu hoje.

Noite que se

Avizinha plácida ou

Inquieta:

Tristezas incompletas

Retidas no olhar

Que faltou dizer...

Ipanema passa:

De cara, de frente

Para o Cardiotrauma,

E a pressa, camarada?

Quanto custa o suor que

Escorre lento do tralhalhador

Quase desfeito -

Num dia inaudito de calor rarefeito?

Ipanema segue...

Em sensação de se

Estar em país estrangeiro:

Une, due, trois

Wie gets dier?

Non soir....

Segue Ipanema,

Segue a vida,

Segue o mundo

Ela nada mais é

Que um paiol

de aberrações,

Incrustada num mundo

Em tentativa de voo (nem voa).

Ipanema é livre

Sem reconhecimento

Do resto do mundo (ela)

Ipanema é ela,

Um correrdor de amores,

A vida em profusão.

Uma nação de irmãos?

Ou a pátria alquebrada entre

Nações?