Adeus*

Quando no peito a dor acalma,

De frente dá com um vazio implume,

Faz por estação! O inverno d’alma,

Perfaz teu caminho sem lume.

Na ilusão da alma vencida,

Rebate a falta de amor e clemência,

Que é próprio de quem na vida,

Capta de deus à luz da vivência.

E eu! Como “eles”, por ti remito,

Nos poemas declamados em tom argentino,

Que vaga sem luz nas ondas do mito,

Ignóbil sentimento: Tênue tino.

Rumamos em frente! O perdão há de vir,

Pois! Perjúrio no altar o olhar condena,

A fé, selada num ósculo! Fordes sentir?

Sem verossimilhança, qual tua pena?

*poesia vencedora do Concurso Literário realizado pelo Curso de Letras da UNIDERP Set/2005

Silva Neto
Enviado por Silva Neto em 31/07/2006
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