Adeus*
Quando no peito a dor acalma,
De frente dá com um vazio implume,
Faz por estação! O inverno d’alma,
Perfaz teu caminho sem lume.
Na ilusão da alma vencida,
Rebate a falta de amor e clemência,
Que é próprio de quem na vida,
Capta de deus à luz da vivência.
E eu! Como “eles”, por ti remito,
Nos poemas declamados em tom argentino,
Que vaga sem luz nas ondas do mito,
Ignóbil sentimento: Tênue tino.
Rumamos em frente! O perdão há de vir,
Pois! Perjúrio no altar o olhar condena,
A fé, selada num ósculo! Fordes sentir?
Sem verossimilhança, qual tua pena?
*poesia vencedora do Concurso Literário realizado pelo Curso de Letras da UNIDERP Set/2005