I DO NOT LOVE THEE
I DO not love thee! No! I do not love thee!
And yet when thou art absent I am sad;
And envy even the bright blue sky above thee,
Whose quiet stars may see thee and be glad.
I do not love thee! yet, I know not why,
Whate'er thou does seems still well done, to me --
And often in my solitude I sigh --
That those I do love are not more like thee!
I do not love thee! yet when thou art gone
I hate the sound (though those who speak be dear)
Which breaks the lingering echo of the tone
Thy voice of music leaves upon my ear.
I do not love thee! yet thy speaking eyes,
With their deep, bright and most expressive blue --
Between me and the midnight heaven arise,
Oftener than any eyes I ever knew.
I know I do not love thee! yet, alas!
Others will scarcely trust my candid heart;
And oft I catch them smiling as they pass,
Because they see me gazing where thou art.
Caroline Elizabeth Sarah Norton _ Londres/Inglaterra _ (1808-1877)
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EU NÃO TE AMO! (Tradução livre/adaptação de Tânia Meneses)
Eu não te amo! Não! Eu não te amo!
Mas, se te ausentas, fico triste;
E invejo até o luminoso azul do ceu sobre ti,
Onde plácidas estrelas te olham bem aventuradas.
Eu não te amo! E por que o digo assim,
Se és perfeito para mim? _
E se vivo suspirando na minha solidão
E sinto pena dos que amei
E que não são iguais a ti?!
Eu não te amo! Menos ainda quando não estás aqui,
Odeio as palavras que me me fizeste ouvir, querido.
E elas se interpõem quebrando o retinir do eco,
A tua voz é mar de música correndo em meu ouvido.
Eu não te amo! Porém, os teus olhares expressivos,
profundos e luminosos _
Surgem entre mim e o esplendor da madrugada,
Incontáveis vezes mais que quaisquer outros olhos.
Sei que não te amo! Entretanto,
Dificilmente acreditarão nisto que digo;
Surpreendo o sorriso dos passantes
Pois notam o meu olhar perdido,
Pensando todo o tempo onde tu estás
E porque não estou contigo.