Silêncio
Uma pausa no tempo: à procura do espaço!
Do horizonte de luz, nasce a fotografia.
Dos confins do universo, refletindo o opaco.
Navegas no vácuo, calmaria!
Chegas no remanso: observa!
Esgueiras-te pela porta, maresia.
Se faz sonolento, enquanto reza,
Não se ouve tua voz, será tardia?
É tarde lá fora: não há vento!
A folha não cai, cairia?
É tarde de outrora, há relento,
Parece um sepulcro, em pleno dia!
O que estás a dizer: doce lembrança!
Pareces falar, assim eu penso!
No entanto não te ouço, serás memória?
Ou serás que és apenas o meu silêncio!