O velho dos dias

É que, um dia desses, este rapaz se apercebeu que a noite já estava chegando, enquanto ele acordava.

Ele trocou sua vida pela busca incessante por ela.

Um cravo na lapela...

Só pra rimar com as rugas que conseguiu sendo vivo.

E os dias, insalubres, sem cheiro, sem grito

Passam...

Ele nem vê o dia passar pensando ser o poeta

Os dias arranham...

Pois todas virtudes, com o dom da rotina, apanham.

Apanham...

Elas, belas, velas, janelas, telas e toda essa coisa!

O AMOR - e o que restar -

Apanha.

J o y e u x
Enviado por J o y e u x em 31/07/2006
Reeditado em 31/07/2006
Código do texto: T205723