Ontologia raposina

Na gênese da miragem

Miravam meus olhos,

Da margem do lago,

O alto do céu.

Nada esperava,

Parada na margem.

E fez-se admiração,

A mim mesma, admirada.

Germinado,

Avermelhada,

Na outrora escuridão...

Tanta beleza!

Tão imponente!

Que a luz se fez em pêlo e perfume.

E a circunferência toda n’uma raposa.

Tanta beleza!

Tão imponente!

Que pulou das alturas,

Banhou-se nas águas,

Veio à margem...

Pôs-se a convencer-me

Do absurdo dos astros...

E Da fantasia no mundo.

(Cidadão Perspectivista)

L.F.S.M.

Luiz Felipe Cidadão Perspectivista
Enviado por Luiz Felipe Cidadão Perspectivista em 28/01/2010
Código do texto: T2055953
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