EPTÁFLIO

EPTÁFLIO

Do cárcere lúgrube respondem em salvas

Mórbidos seres senhores do mundo

Ao despertar de um sono profundo

Meu corpo inerte esquife de minh’alma

Ora direis furtar a calma

Vede zumbis em seus risos defuntos

Tênue lágrima em solo fecundo

Meu corpo inerte esquife de minh’alma

Pálidas noites, estrelas, luas alvas

Dúbios olhos, ao ver-te, pergunto

Se te interpelo inda mais confundo

Meu corpo inerte esquife de minh’alma

Maneja a foice, trôpego nauta

Ceifando dores errante, vagabundo

Leva oh amigo cândido e rubicundo

Meu corpo inerte esquife de minh’alma

zai
Enviado por zai em 28/01/2010
Código do texto: T2055752
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