Alma Nua

Minha alma chora as vicissitudes da vida,

Sente calafrios com os fortes açoites,

Trepida em meu corpo no arrostar das noites

E aspira os eflúvios das emanações recebidas.

Minha alma previu o destroçar dos montes

E se viu embrenhada em inexplicáveis labirintos,

Todos os sintomas dessa quermesse eu sinto,

Mesmo perdido nas veredas do horizonte.

Minha alma vagueia nos desertos do vazio

E se imanta de calor para combater o frio

Dissolvido nos folguedos da alvorada...

Minha alma seduz de mim copioso pranto,

Diante do espelho se encobre de transparente manto

E me envolve em sua luz inerte e apagada!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 27/01/2010
Código do texto: T2054465
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