INGLORIA

Como dói saber do fracasso,

Do objetivo assim em branco,

Do esforço insuficiente, vão,

Do fim insosso, sem glória.

Sentimento de culpa martelando,

Dissabores e amargo arrependimento,

Do sossego aos limites, da vontade adiada,

E do tudo que ficou sem ser feito.

Justificativas mil, culpas repassadas,

Promessas explícitas, juras e certeza,

Que o tempo se compromete a esvair,

Se essa dor de agora for esquecida.

Pensamento correndo cronologicamente o tempo,

Buscando motivos e evasivas, culpas e perdão,

Mas esse flagelo arde igual espada afiada,

Fincada nesse coração que chora, que sofre.

Pensamentos se revigoram nas promessas,

De que tudo será absolutamente diferente,

Que a busca da superação será o norte,

Que haverá gloria na próxima linha de chagada.