Liberdade
Entre nuvens de algodão doce deleite
lua esconde-se com seu cavaleiro
pé-de-moleque
para não pisar os sonhos
perdidos da estrela guia.
Da boca de noite o relógio despediu-se
e o ponteiro/ hora se arrasta
até a próxima batida.
A rua solitária espera movimento
na próxima esquina
a preencher-lhe o vazio
entre cores e cantos
madrigais a burlar alegria.
Já passa da meia noite
madrugada ganha maioridade
e corre a lançar-se na boemia
enquanto o sol descansa
sua breve alforria.
Fátima Mota
Natal-RN 27/01/2010