tango

a sincronia

no desencontro dos pes

no passo adiante

no olhar cortante

em vieis

no rosto dos amantes

no movimento languido

denso

exuberante do vestido

um prazer tao intenso

mas sem sorrisos

o desmaio momentaneo

os corpos entregues

ardentes

leves

dolentes

em completa calma

calma de poeta

que rouba a alma

que devasta paixoes

que sangra coracoes

como punhais

em forma de cancoes

em rodopios fluentes

que flutuam sem paz

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 26/01/2010
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