O CLÃ DOS LOUCOS
São meus desejos abraçar
a minha antiga, velha luta...
não sou o dono da verdade
mas sou um crítico da maldade;
dou continência ao soldado,
indiferença ao salafrário;
escolho o raso marinheiro
animo a fé do operário.
Nos meus encargos não me basta
fortalecer a lei do fraco:
a lei é a lei do que engrossa
pra defender os nossos trapos.
A esperteza ainda rege
a cruz da nossa igualdade,
de vez em quando o sangue ferve
pra resgatar a dignidade.
Constantemente esperamos
um tempo novo em nosso pouso,
vem a esperança, então cantamos
mas esquecemos o clã dos loucos.
A hora é hora não se deve
mudar o rumo da história!
É bom pensar que o tempo é breve
mas tem um gosto de vitória.
A nossa hora já chegou
e veio certo no momento
de restaurar o que restou
de um interminável passa-tempo.