ALIVIO IMEDIATO!
Em um dia quente me deito ao comprido na erva,
E sinto toda a minha alma agonizar,
Fecho meus olhos, não me cego,
E vejo o quanto busco, para me salvar.
Sinto um sono, estou dormitando,
Vejo um sorriso, está a meu lado,
Sinto a morte, está me levando,
Estou gritando, não estou calado.
Agarro-me a vida, sou arrastado,
-Ajude-me, ela me sorri,
O que sou em que sou acusado?
-Homem, ela me responde de mal grado!
-Tenho uma busca, não posso contigo ir!
-Tenho um sonho não posso ser acusado!
-Sou um homem sim, mas tenho o porvir,
Dê-me a vida, ainda espero ser perdoado!
-O seu perdão não foi concebido!
Ela me diz desdenhando,
-E agora lhe trago o alivio,
Que tanto tem sonhado!
-Terás seu sonho novamente,
Pois estou a sua alma libertando,
Terás vida, serás amante,
Mas somente terás isso se me aceitar com um anjo!
Então eu sorri, não chorei,
Tentei me conter, eu cedi,
Entreguei minha mão, eu implorei,
Tentei correr, eu não fugi.
Abracei a minha alma, e a segui!
Calado com um sonho lindo,
A vida expirou, eu senti,
Encontrei-me com o fado, ele estava sorrindo!
Chorei por encontrá-lo,
Mas tive a alma sonhando,
Corri a abraçá-lo,
Então o senti me amando.
Cedi-me ao seu aconchego,
Pois me odiei por ter me entregado,
Expirei muito cedo,
Sem dizer a você, o quanto a ti, tinha amado!