A morte do poeta

''Aqui jaz o poeta.''

assim dizia sua humilde lápide

composta por flores murchas e prantos

paginás e mais páginas de folhas em branco

ao lado das mãos,que nunca mais escreverão.

''A poesia sucita a alma do corpo morto''

Assim dizia um pequeno esbolço

da poesia inacabada,

O silêncio se propagava

e uma única rosa,quase sem pétalas

coloria o acinzentado chão

Ali morrera de solidão

um anjo que propagou o amor.

As folhas secas cobriam os seus ultimos poemas

Poemas que nunca serão ouvidos

E que serão esquecidos

como a face de quem a criou

O mundo calou-se e o céu chorou

quando vi um corpo imortal

largado no chão

e o vento

apagando sua memória

Os versos perderam-se

perdeu-se a rima

o riso se desfez

como as pétalas murchas

da rosa cinza.

O céu chora,o silêncio grita

a morte dos versos eternos

enterrados com os lábios ternos

do mensageiro do amor

que com o mais torturoso ardor

venceu-se pelo que mais temia

e na sombra calma,escura e frio

ao lado de seus versos

se deitou.

e pela ultima vez em vida,

solitário, ele chorou.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 25/01/2010
Código do texto: T2051130
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