A morte do poeta
''Aqui jaz o poeta.''
assim dizia sua humilde lápide
composta por flores murchas e prantos
paginás e mais páginas de folhas em branco
ao lado das mãos,que nunca mais escreverão.
''A poesia sucita a alma do corpo morto''
Assim dizia um pequeno esbolço
da poesia inacabada,
O silêncio se propagava
e uma única rosa,quase sem pétalas
coloria o acinzentado chão
Ali morrera de solidão
um anjo que propagou o amor.
As folhas secas cobriam os seus ultimos poemas
Poemas que nunca serão ouvidos
E que serão esquecidos
como a face de quem a criou
O mundo calou-se e o céu chorou
quando vi um corpo imortal
largado no chão
e o vento
apagando sua memória
Os versos perderam-se
perdeu-se a rima
o riso se desfez
como as pétalas murchas
da rosa cinza.
O céu chora,o silêncio grita
a morte dos versos eternos
enterrados com os lábios ternos
do mensageiro do amor
que com o mais torturoso ardor
venceu-se pelo que mais temia
e na sombra calma,escura e frio
ao lado de seus versos
se deitou.
e pela ultima vez em vida,
solitário, ele chorou.