E agora J.C.?

E agora J.C.?

A festa começou

E ela será infinita

Seu carro na madrugada

A noite toda precipita

Para todo o sempre

Roda, roda, roda...

Com a moça fantasma, roda

Branca e fria, roda até as 6h30

Só ao crepúsculo matutino, encerra

E seu motor quente esfriará

Durante o dia, arrefecerá

Para as 18h30 recomeçar

Se aquecer, inebriar...

Todo o combustível esbanjar

E agora J.C., velará o inocente?

Éramos carne quente, hoje, complacentes, somos pó

Pó de quem morreu antes, histrião demente

Neste falso dia, estamos sós plenamente

Você está na reserva, inconsciente

O carcereiro foi para a prisão

Para que servem os filhos?

Suplício, martírio, desilusão?

Hodierno, não sabe o que fazer?

Também não vou te iludir

Mudo, ajoelhe-se no púlpito, peça perdão e vá dormir

Marciano James
Enviado por Marciano James em 25/01/2010
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2050204
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