Flutuando

O que me tortura é boiar sem nunca afundar

Leve estou... Sem meu coração

O que me acalma é saber que vazia assim

É o que te basta

Sem mel, sem fel

Sem papel de valor

Uma ridícula mulher sem cor

Fui arrancada com as unhas do desamor

Amei um incrédulo

Uma partícula enigmática

Intransponível

Amei um céu aberto e amplo

As trovoadas, não passavam de risadas

Abrasando o meu amor brejeiro

Já não me sinto mais

Nem mesmo sirvo para divertir

Deixa que eu vá assim; ajuda:

Coloca uma pedra no vazio do meu peito

Para não mais boiar

Deixa-me chegar ao chão

E no momento de paz, virar um grão

Ser teu pão.

Verônica Aroucha

fevereiro/204

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 29/05/2005
Código do texto: T20501
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